Diretores da Globo avaliam que não devem dar trabalho a quem processa ou fala mal da casa. Se o ator não gosta da emissora ou acha que foi injustiçado por ela, deve procurar trabalho em outra freguesia.
Pedro Cardoso passou mais de 30 anos na Globo, como roteirista de programas como TV Pirata (1988-1992) e como ator. Ficou marcado pelas 14 temporadas de A Grande Família (2001-2014), em que interpretou o malandro gostinho Carrara. Foi dispensado da rede pouco após o fim do seriado e em entrevistas após sua saída falou mal da emissora.
Já Maitê Proença soltou o verbo ao ser sabatinada no Roda Viva, da Cultura, há duas semanas. A atriz contou que ficou sabendo por meio da imprensa que tinha sido demitida. "Foi muito estranho, não tive nenhum aviso. Quando começaram os boatos de que eu já tinha sido dispensada, liguei para a pessoa que tinha me dito que o contrato seria renovado e ela me falou que, de fato, ia ser descontinuado", contou a atriz.
Sem citar nomes, Maitê também revelou que foi assediada por pessoas importantes dentro da emissora. E completou que foi prejudicada em sua carreira por rejeitar os avanços. "Às vezes, o sujeito passa dez anos tirando papéis de você, porque você não cedeu. Ele mina o seu trabalho. São pessoas que atrapalham a sua vida sistematicamente, te perseguindo mesmo", disse.
Carolina Ferraz, apesar de estar processando a emissora para receber 13º salário, FGTS, férias e valores referentes à rescisão, foi a única da trinca de banidos a não falar mal dos antigos patrões, para quem trabalhou durante 27 anos.
"Amo meu ofício. Eu amo o que eu faço e sou atriz de alma, mesmo. Saí da Globo tranquila. Está todo mundo feliz. Tanto da parte de cá, quanto de lá. Eu sou boa empregada e eles, bons patrões", disse ela ao Programa do Porchat no início do mês.
No talk show da Record, Carolina também minimizou o drama de ser demitida. "Todo mundo acha que é um tabu falar sobre isso. Eu acho que toda a realidade do mercado mudou. Graças a Deus, né? Há dez anos, você realmente só tinha um lugar para fazer as coisas, para trabalhar. Hoje em dia, não", fechou ela.
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