As autoridades fiscais espanholas querem que o atacante Neymar, do Barcelona, seja julgado por corrupção. A Fiscalística de la Audiência Nacional, órgão equivalente ao Ministério Público local, acusa o jogador de corrupção, crime que prevê uma pena de até dois anos de prisão, além de multas milionárias. "Uma vez praticadas todas as diligências de investigação para esclarecer o caso", segundo uma rádio local, as autoridades também querem julgar os pais de Neymar, o Barça, o Santos, e seus ex-presidentes - respectivamente Sandro Rosell e Odílio Rodrigues.
O principal alvo das manobras das quais Neymar é acusado é o grupo DIS, que possuía 40% dos direitos federativos do atleta. O fundo teria sido prejudicado na negociação do atleta com o Barça em 2013, uma vez que o atleta teria assinado um pré-contrato com a própria equipe catalã em 2011; neste documento, segundo as autoridades espanholas, a DIS foi privada da livre concorrência pelo atleta e acabou financeiramente prejudicada na disputa por Neymar, uma vez que nenhum clube poderia cobrir a oferta feita pelos catalães.
Para contratar Neymar, o Barcelona teria simulado contratos nos quais alegou pagar 17,1 milhões de euros (R$ 67,7 milhões, em valores atuais), dos quais a DIS recebeu 10 milhões de euros (cerca de R$ 39,6 milhões). Um dos contrato foi assinado pelo próprio Neymar.
Entretanto, a transação custou aos cofres catalães 25,1 milhões de euros (pouco menos de R$ 100 milhões) - neste caso, o fundo deveria ter recebido 13,2 milhões de euros (R$ 52,3 milhões). A diferença - oficialmente de 3.228.440 euros, ou R$ 12.793.127 - não foi paga.
"A Neymar e a seu pai, a Fiscalística atribui um delito de corrupção nos negócios dos artigos 286 e 288 do código penal (espanhol), que preveem penas de prisão entre seis meses e dois anos, assim como multas consideráveis. Dos mesmos delitos são acusados o Barça e seu ex-presidente, Sandro Rosell, a quem a Fiscalística acusa ainda de um delito de estelionato. Deste último também são acusados o Santos e seu ex-presidente, Odílio Rodrigues", diz o site oficial da rádio.
O atual presidente do Barcelona, Joseph Maria Bartomeu, não aparece na acusação. Segundo a Fiscalística, embora a assinatura de Bartomeu conste nos contrato, o dirigente "não liderou nem teve participação ativa nas negociações e acordos para a contratação de Neymar Jr".
Fonte:http://www.meionorte.com
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