O tesoureiro do Sindipetro/PI, José Couto, afirma que a redução ainda não chegou às distribuidoras de combustíveis do Piauí e, por isso, ainda não é possível prever de quanto será a redução para o consumidor final. "O preço hoje ainda está o mesmo, mas esperamos que amanhã [hoje] consigamos sentir essa redução. Da última vez, demorou muito para dar uma resposta ao consumidor porque a baixa do preço foi isolada, mas como essa agora é maior, acredito que possa haver uma redução para o consumidor", explica o tesoureiro.
Essa é a segunda redução do preço da gasolina e do diesel nas refinarias desde outubro deste ano, chegando a uma queda de 12,1%. No entanto, na primeira redução, o preço do combustível nas bombas dos postos permaneceu o mesmo. "A gasolina que circula no Brasil só tem 73% de gasolina, os outros 27% são de álcool. Na primeira vez que houve a redução nas refinarias, não houve redução do preço para o consumidor porque os usineiros aumentaram o preço do etanol; por isso, não houve essa diferença", explica José Couto.
Expectativa
Segundo a Petrobras, se a redução for integralmente repassada ao consumidor final, o preço do diesel pode cair 6,6%, ou seja, em torno de R$ 0,20 por litro. Já o efeito sobre os preços da gasolina seria de queda de 1,3% ou R$ 0,05 por litro. Ainda de acordo com a Petrobras, a queda do preço para o consumidor final não é direta e que a redução pode ou não refletir no preço final ao consumidor, pois "dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de petróleo, especialmente distribuidoras e postos de combustíveis".
Motoristas consideram redução irrisória
Para o consumidor, essa redução ainda é mínima, se for considerado o preço atual praticado pelos postos de combustível. O motorista José Filho destaca que, mesmo com a redução, o valor continuará caro para o consumidor final.
(Foto: Assis Fernandes/ O Dia)
"Essa redução é muito pequena, só R$ 0,05 por litro. Nós pagamos um preço muito alto pela gasolina, o ideal é que essa redução fosse bem maior. Eu não notei nenhuma diferença no preço do combustível nos últimos meses. Nós ouvíamos falar que houve redução, mas essa redução não chega para nós que somos consumidores", reclama.
José Filho diz ainda que a saída encontrada pelos motoristas é tentar economizar no consumo de combustível. "Eu faço rotas menores para ir trabalhar, quando vou almoçar, almoço na casa da minha mãe, que é mais perto do meu local de trabalho, e vou para casa só à noite. A gente precisa se virar para tentar não gastar muito", conta.