Apenas 10 candidatas foram aprovadas no concurso. Estão na lista da Polícia Civil os nomes de Jardeany Kossya Pereira da Luz, aprovada com 74 pontos, Andrea Gomes Oliveira (75 pontos), Christina Cardoso Mangueira (73 pontos), Valéria Vanessa Cabral Soares (74 pontos), Maria José de Oliveira Rodrigues ( 76 pontos), segunda colocada no concurso entre as mulheres, Evelyn Mariane Oliveira Ferreira (75 pontos) e Janayna Pessoa dos Santos (73 anos).
Os nomes dos presos suspeitos de participação na fraude do concurso do Corpo de Bombeiros do Piauí foram apresentados em coletiva à imprensa na Secretaria de Segurança Pública, no início da manhã desta quinta-feira (17). De acordo com a Polícia Civil, entre os líderes da organização criminosa estão o advogado Evilásio Rodrigues de Oliveira Corte, que permanece preso, além do professor da rede pública estadual Cristian Alcântara Santigo e o agente da Strans Josué Modesto Brito, que estão foragidos.
Foram presos Maria Isabel, Alana Rayane, Jardeany Kossya, Miguel José, Rayssa Kelly, Cléssio Fernandes, Andrea Gomes, Helano Magalhães, Christina Cardoso, João Gabriel, Aluisio Amorim, Ângelo José, Juniel Gomes, Antônio Marcos, Anderson José, Neyrisdenis Oliveira, Dinael Monteiro, Alexandre Augusto, Manunery Pacheco, Hermeson José, Wagner Brandão, Emerson Araújo, Gessyel Antônio, Valéria Vanessa, Jardel Pessoa, Evilásio Rodrigues (o advogado) e Maria José.
Os foragidos foram identificados como Cristian Alcântara Santigo (professor), Josué Modesto Brito (agente da Strans), Gabriel Alves, Evelyn Oliveira, Jackeline Alves Brandão, Italo César, Bruno Carvalho, Francisco Lailson e Janayra Pessoa.
O secretário de Segurança, Fábio Abreu, explica que o grupo criminoso era bem articulado e contava, inclusive, com a participação de fiscais do certame. Maria Isabel e Alana Rayane, que são mãe e filha, trabalharam como fiscais durante o certame e eram responsáveis por fotografar a prova e vazar a prova para os demais membros da organização criminosa.
"As fiscais tinham acesso as provas, minutos antes, tiravam fotos e repassavam para alguns candidatos ou mesmo para os chefes da quadrilha, que faziam a distribuição. Com essa operação, nosso objetivo é fazer com que as pessoas que realmente estudam, tenham a oportunidade de fazer e passar no concurso, de forma limpa, por merecimento", disse Fábio Abreu.
O vazamento das provas se dava por meio das fiscais. Já o gabarito era repassado por outros integrantes da quadrilha por meio de mensagens via celular. O professor era uma das pessoas responsáveis por responder as provas, bem como universitários.
O coordenador da operação Vigiles, delegado Kleidson Ferreira, explica que o grupo atuava de várias formas. Questionado como os candidatos teriam acesso a celulares, o delegado explica que os detectores de metal nem sempre eram suficientes para captar os sinais dos aparelhos. "O grupo criminoso se utilizou de recursos que impedem a captação do sinal", resumiu.
O delegado acrescenta que a maioria dos envolvidos são amigos ou têm amigos em comuns. "Eles criavam uma rede. É uma quadrilha do Piauí que atuava em outros concursos e também em vestibulares", reitera.
Preço da fraude
O delegado Kleidson Ferreira ressalta que a Polícia Civil ainda está levantando quanto cada candidato pagaria pela aprovação, mas a média é de 10 vezes o valor do salário. De acordo com o edital do concurso (01/2014), a remuneração inicial para o cargo de soldado era de R$ 2.047,63 e para oficial R$ 3.897,04.
"Pela prática que é costume da quadrilha, o valor acertado era de 10 vezes o valor do salário do cargo pretendido. Esse valor seria pago após a nomeação. As investigações continuam", finaliza.
Fonte:cidadeverde.com/noticias
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