Cerca de 2 mil manifestantes de todo Estado, organizado por Movimentos Sociais do Campo e estudantes, realizaram um protesto na manhã desta quinta-feira (01),em Teresina. O movimento teve início na sede do Incra, com passagem pelo Palácio de Karnak e finalizado na Assembleia Legislativa, na Praça Ministro Petrônio Portella.
Os manifestantes usaram caixas de som para chamar a atenção e queimaram vários caixões. Quando se aproximaram do local, policiais da Assembleia Legislativa entraram em confronto com os protestantes, eles usaram extintores de incêndio para apagar o fogo e dispersaram os manifestante com água, o que gerou um empurra-empurra.
Jucielle da Silva Ferreira, da cidade de Miguel Alves, integrante do movimento dos Estudantes do Campo (Pronera) e do Curso de Pedagogia da Uespi, disse que a manifestação é para que as conquistas adquiridas não sejam destruídas pelos poderes do Estado.
Lucas Araújo, advogado do Coletivo Antônia Flor, disse que estão repudiando a PEC 241/55, que congela, em 20 anos, os investimentos nas áreas da saúde, educação e agricultura familiar; contra a reforma da Previdência e do Ensino Médio e redução de investimentos no Ensino Superior.
"Também repudiamos a medidas impostas por Michel Temer por meio de decretos e emendas, apoiados por parlamentares de uma elite gananciosa, machista, sexista, homofóbica e cruel, que não representa o povo", diz.
Renzyo Augusto, do Coletivo Antônia Flor, afirma que hoje é o Dia Estadual pela Reforma Agrária, que é instituído em homenagem a trabalhadora rural Antônia Flor da Conceição, que foi assassinada em conflitos de terra em Piripiri, em 1984.
"O conflito aconteceu na Assembleia Legislativa por conta cessamento do direito da manifestação. Estava tudo calmo até a intervenção da policia", afirma.
Camila Martins, advogada, declarou que participaram os municípios São Raimundo Nonato, Corrente, Curral Novo, Pedro II, Piripiri, Esperantina, Miguel Alves e do estado do Maranhão.
Durante a manifestação eles gritaram palavras de ordem como "fora, Temer", "queima, deputados golpistas" e "a reforma do Ensino Médio não passará".
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