Um estudo sobre o potencial eólico do lado piauiense da Serra da Ibiapaba estima a região tenha capacidade para receber mais de duas mil torres para produção de energia limpa. O assunto foi discutido pelo secretário estadual de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis, Luís Coelho, em recente encontro com gestores do Ceará, que visou o fortalecimento das relações entre os dois estados.
"No lado de cá do nosso estado nós temos um trabalho de pesquisa em fase terminal que apontam para a possibilidade de implantação de mais de 2 mil torres, algo em torno de 4 Gigas. É uma previsão para a Serra da Ibiapaba que envolve os municípios de São Miguel do Tapuio, Assunção, Buriti dos Montes e outros municípios da divisa com o Ceará", disse Luís Coelho, em entrevista divulgada pelo Governo do Estado.
Os dados mais recentes da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólicA) apontam que, até o final de novembro de 2016, o Brasil contava com 10,60 gigawatts de capacidade instalada e outros 7,35 GW em construção e contratados. A entidade também estima que 15 empregos são gerados a cada 15 megawatts instalados.
O relatório da entidade coloca ainda o Piauí como o quinto estado em potência instalada, com 808,4 megawatts em operação comercial e outros 60,5 em testes, com um total de 31 parques eólicos. Existiam, até novembro, outros 546,30 MW de potência em construção e mais 432,20 MW contratados para um total de 36 parques.
O potencial de energia eólica da Serra da Ibiapaba já é conhecido no lado cearense. Em Tianguá (CE), a empresa Casa dos Ventos conta com dois complexos em operação. Dezenas de torres podem ser vistas por quem passa pela BR-222.
Os resultados preliminares do estudo fazem Luís Coelho acreditar em um ano positivo para o Piauí no setor. "As empresas estão determinadas para investir no estado. Outro ponto é que estamos vendo no início do ano uma aumento na taxa de energia elétrica para o consumidor, com ao aumento das temperaturas e diminuição das chuvas. A opção é fazer que as energias renováveis sejam fundamentais para a geração de energia elétrica. Por isso devemos investir cada vez mais em energias limpas como a eólica e a solar", acrescentou.
Na mesma reunião, o secretário discutiu com os gestores cearenses a logística de câmbio de mercadorias com a Transnordestina, e o fornecimento de matérias primas piauienses para indústrias siderúrgicas e de materiais químicos.
Fonte:cidadeverde.com/noticias
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