A Polícia Civil cumpriu nesta quinta-feira (23) o mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça de Conceição do Araguaia, no sudeste paraense, contra o jogador Jobson. O ex-jogador do Botafogo é suspeito de estuprar quatro adolescentes que residem no município. Ele foi preso pela equipe de policiais na sua chácara, localizada na cidade de Couto de Magalhães, oeste do Tocantins.
Jobson também é suspeito de um quinto caso de estupro, que ainda está sendo investigado pela polícia. Ao ser preso, o atleta não ofereceu resistência e foi levado em uma viatura policial até a delegacia de Conceição do Araguaia, inicialmente, para prestar depoimento durante a tarde desta quinta. Em seguida, ele será apresentado ao juiz responsável pelo mandado de prisão.
Segundo nota divulgada pela assessoria da Polícia Civil do Pará, o inquérito policial foi instaurado há uma semana, depois que uma das vítimas, uma garota de 13 anos, denunciou que fotos suas em situações pornográficas estavam circulando em grupos de rede social. Ainda segundo a vítima, o jogador teria aliciado a menor em Conceição do Araguaia para levá-la até sua chácara, no Tocantins, junto com outras três adolescentes. Lá, as vítimas teriam sido embriagadas e entorpecidas para, em seguida, serem abusadas sexualmente.
Ainda de acordo com as denúncias, uma das menores chegou a telefonar para o jogador, dizendo que iria denunciá-lo, e ele, em seguida, teria feito ameaças à garota.
"Ele aliciava as garotas para fazer festas com bebidas e drogas e as levava para sua chácara ou para outros lugares. São quatro adolescentes, uma vai completar 13 anos, a outra já tem 13 anos completos e as outras duas têm 14 anos completos", afirmou o delegado Rodrigo da Motta, em nota da Polícia Civil.
As vítimas passaram por exames periciais e atendimentos médicos. Nas duas menores de 12 e 13 anos foi constatado que houve conjunção carnal. As outras duas adolescentes alegaram, em depoimento, que consentiram as relações sexuais, no entanto, afirmaram que estavam sob efeito de bebidas alcoólicas e substâncias entorpecentes colocadas na bebida.
Ciente do ocorrido, a família do jogador ficou abalada com a notícia e se encaminha neste momento para a delegacia onde Jobson está detido. A mãe dele busca um advogado local para defendê-lo.
O GloboEsporte.com entrou em contato com Rodolpho César, advogado de Jobson no Rio de Janeiro. Ele afirmou que estava saindo de uma audiência, ficou surpreso com a notícia e reforçou que cuida apenas da parte esportiva da carreira do atacante.
Jobson está suspenso pela Fifa de realizar qualquer atividade relacionada ao futebol até 31 de março de 2018. Ele foi acusado pelo clube Al Ittihad, da Arábia Saudita, de se recusar a fazer exame antidoping. Posteriormente, a Fifa deu validade mundial à pena que, de início, foi imposta pela Federação Saudita de Futebol. A suspensão aconteceu em abril do ano passado. Em março, o atleta teve o seu recurso rejeitado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês).
Também em março, o atacante foi proibido de atuar em competições amadoras da sua cidade natal. De acordo com Everaldo Lisboa, presidente da Liga Esportiva de Conceição do Araguaia (LECA), Jobson iria defender o Leãozinho na Liga local, mas a equipe do Combatente também apresentou sua inscrição, o que causou a confusão e o impedimento dele atuar no campeonato.
Fonte:g1.globo.com
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