Por Petrus Evelyn
No início da década de 1990, o prefeito da cidade de Nova York, Rudolph Giuliani implantou uma política de repressão ao crime conhecida como "tolerância zero", na qual todos os crimes, dos leves aos graves, de pichações a assassinatos, eram rapidamente localizados e punidos severamente. A medida diminuiu consideravelmente a violência na cidade americana - inclusive diminuiu em mais de 80% o consumo de crack, um problema epidêmico na metrópole daqueles anos. Para o Governo do Estado do Piauí, ao contrário, são necessários menos encarceramentos para resolver o problema da violência no estado.
"Se o índice de encarceramento não reduzir, o problema (da superlotação) irá persistir e os recursos que estamos destinando para a abertura de novos presídios serão em vão", afirmou o Secretário de Justiça, Daniel Oliveira.
No mês passado, durante Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado ocorrido no dia 25 de maio, na Assembléia Legislativa, Daniel Oliveira afirmou que o Governo do Estado planeja abrir, nos próximos anos, cerca de 1 mil novas vagas em penitenciárias. O déficit carcerário no Piauí, entretanto, é de 2 mil vagas (o Piauí possui 2 mil vagas, mas tem 4 mil presos, atualmente, de acordo com a Diretoria da Unidade de Administração Penitenciária da Secretaria de Justiça (DUAP).
Ou seja, mesmo daqui a alguns anos, com a abertura das mil vagas prometidas por Daniel Oliveira, ainda assim o Piauí terá 1 mil presos a mais do que o número de vagas. Situação criticada severamente pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários, como nas palavras de seu vice-presidente, Kleiton Holanda, que diz que desde de 2009 não prometidas essas vagas, mas a quantidade realmente construída é irrelevante - além do número baixo de novas contratações de agentes penitenciários.
Fonte:180graus.com
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