A astúcia de duas agentes penitenciárias da Casa de Custódia de Teresina pode ter dificultado, pelo menos por um tempo, a comunicação de alguns presos com o lado de fora. Elas surpreenderam uma mulher tentando entrar no presídio com 10 baterias de celular nas partes íntimas. Apesar do vexame, a mulher não foi presa, sendo apenas proibida de entrar na unidade prisional através de portaria.
O fato aconteceu por volta das 15h15, quando vários familiares entravam no presídio. O clima era tenso devido a rebelião do último domingo, quando 25 presos fugiram e um foi assassinado. "Toda vez uma mulher passava e o detector, o portal, sempre apitava e ela dizia que era uma platina na coxa esquerda. As agentes começaram a desconfiar. Hoje usaram uma raquete [detector portátil] e perceberam que a coxa não acusava nada, mas quando passavam na parte íntima, apitava constantemente", relata o disse o diretor administrativo do Sinpoljuspi, Cleiton Holanda.
A mulher, identificada como Ana Jaqueline Ferreira Matos, foi encaminhada pelas agentes para uma sala isolada e teria sido pressionada a explicar o motivo de o detector ter apitado tanto. "As agentes mandaram entregar logo ou seria encaminhada para a delegacia. Ela espontaneamente se agachou e puxou a camisinha com 10 baterias dentro", destaca.
De acordo com direção do presídio, os produtos seriam entregues ao detento Carlos Alberto de Sousa.
Segundo o diretor do sindicato, apesar do esforço e astúcia das agentes, a punição contra a mulher não agradou, já que não foi conduzida para a delegacia e apenas decretada uma portaria na qual suspendeu a entrada de Ana na Unidade prisional por prazo indeterminado. "Ela ficou impune e deve entrar em outros presídios. Apesar de não ter tido apoio da direção quando foi dada a primeira suspeita sobre ela, as agentes agiram por iniciativa própria pela experiência e mais uma mulher foi pega com as baterias", finaliza Cleiton.
Fonte:cidadeverde.com
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