A vítima do estelionato se trata de uma mulher que teria sido lesada em R$ 5 mil, após a quadrilha ter coletado seu cartão de acesso à conta através do terminal de autoatendimento da agência do BB. Ela relatou o crime em um áudio que circula em grupos de conversa no aplicativo WhatsApp.
"Quando eu coloquei o meu cartão, ele entrou todo. Eu fiz a tentativa de tirar, mas não consegui. Do meu lado havia um rapaz bem vestido, bonito, de boa aparência, aí ele falou: "O cartão da senhora ficou'. Daí eu disse: 'E agora? Ele respondeu: 'Agora a senhora terá que ligar para o 4004, que é o número do Banco do Brasil para fazer o cancelamento. Ele, então, pegou o celular dele e fez que estava ligando para o 4004. Quando eu liguei que a outra pessoa atendeu, logo perguntou e eu estava falando do meu aparelho", contou.
"Daí retornou um número desconhecido, uma pessoa já dizendo meu nome, e eu achei que fosse coisa do Banco, perguntando se havia alguém do lado. Essa pessoa disse que precisaria pegar meus dados e disse que o ideal seria que eu saísse da agência. Eu, então, fui para calçada. Aí ela pediu confirmação dos dígitos, filiação, essas coisas. Eu , então, liguei para o atendimento eletrônico normal e já fiquei logo sabendo que já haviam sacado R$ 5 mil da minha conta", relatou.
Segundo o delegado Lucy Keiko, as investigações começam quando as contas são invadidas online, ou quando o bandido se passa por um cidadão comum. "Nós estamos investigando e a própria população está alertada. A Polícia Militar está fazendo policiamento ostensivo nas imediações dos bancos. É importante alertar a população que não exite essa questão de fornecer senhas, pois não existe o funcionário dentro das agências durante os finais de semana. Portanto, todos devem ficar atentos com pessoas que se passam por ajudantes", explicou.
O delegado Ademar Canabrava informou que há duas semanas os estelionatários fizeram transferência ilegal de R$ 40 mil de um cliente que foi sacar dinheiro em um caixa eletrônico na capital. O delegado explica que os criminosos são de estados vizinhos e que costumam agir em conjunto.
"Esse golpe é antigo e praticado por estelionatários que em sua grande maioria vem de Novo Oriente, no Ceará, e dos demais estados. As pessoas precisam ficar precavidas, não querer ajuda de terceiros dentro do Banco. Caso não haja um funcionário para auxiliar, não receba ajuda de ninguém. Esses golpes são constantes, acontecem praticamente nos finais de semana, nos feriados. O indivíduo se aproxima para ajudar de foma criminosa, para obter lucro. Do lado de fora do Banco fica duas ou três pessoas para auxiliar o restante. Quando a vítima fornece os dados, o criminoso já trocou o cartão. Não existe isso de dar senha por telefone. É preciso ter muito cuidado. Além do estelionatários, há também os assaltantes atrás de fazer as conhecidas 'saidinhas' de banco'", afirmou.
No caso da empresária, o delegado explica que a quadrilha agiu com muita rapidez. "No momento que ela saiu, ele pegou o cartão, fez compras, saques e até transferências. O Banco do Brasil sempre tem bom senso, procura ajudar as pessoas que são lesadas. É um Banco mais amigo das pessoas, procurar fazer o renascimento do dinheiro. Eles, os criminosos, ficam se dividindo para atuar nesse tipo de golpe", contou.
Fonte:meionorte.com/blogs/agora