Mais uma vez um caixa eletrônico instalado dentro da agência do Departamento de Trânsito do Piauí (Detran) foi alvo de bandidos em Teresina. Desta vez, criminosos explodiram na madrugada deste sábado (7) um dos caixas eletrônicos do Banco do Brasil localizado na sede do bairro Redenção,na Zona Sul da capital.
Esta é a segunda vez, em menos de 10 dias, que os terminais de autoatendimento instalados no Detran são alvos da ação de bandidos.
O Departamento Estadual de Trânsito do Piauí informou que o prédio foi isolado e aguarda a perícia e vistoria técnica.Em relação ao atendimento na segunda- feira (9), conforme órgão, será normal em todos os demais pontos de atendimento. Todavia, a sede depende de vistoria técnica para retomar seu funcionamento.
Outras ações em dezembro
No dia 29 de dezembro, o caixa eletrônico do posto do Departamento Estadual de Trânsito localizado na região do Dirceu Arcoverde foi explodido.Segundo a Polícia Militar, três pessoas encapuzadas utilizando um carro branco participaram da ação. Essa é a sexta explosão em apenas um mês.
"Por volta das cinco horas da manhã de hoje, o grupo arrombou a porta do Detran, instalaram os explosivos e fizeram a ação. Durante o assalto, um vigilante estava no local e acionou a polícia. Ao chegarmos, dez minutos depois, o grupo já havia fugido", informou o comandante de policiamento do 8º Batalhão, capitão Fábio Monteiro.
Na madrugada do dia 23 de dezembro, bandidos explodiram um dos caixas eletrônicos da agência do Banco do Brasil do município de Luís Correia, litoral do Piauí. Segundo informações da Polícia Militar, pelo menos quatro pessoas em um carro participaram da ação e logo em seguida se evadiram rumo ao estado do Ceará. Durante a ação o bando colocou uma armadilha com pregos próximo ao Comando da Polícia de Luís Correia, que perfurou os pneus da viatura e dificultou a ação dos policiais.
Já a agência do Banco Bradesco do município de Demerval Lobão, distante 30 Km de Teresina, foi alvo da ação de um bando fortemente armado no dia 16 de dezembro. Usando dinamites, o grupo explodiu os caixas da agência.
Na cidade de Picos, um caixa instalado no térreo do prédio da prefeitura do município também foi explodido na madrugada do dia 15. Segundo a PM, 12 homens em três carros explodiram o caixa e em seguida entraram na agência do Banco do Bradesco, instalada ao lado, e tentaram explodir os caixas.
Caixas desativados no Litoral
Os turistas que pretendem passar as festas de fim de ano no Litoral do Piauí, nas praias de Parnaíba, Luís Correia ou Cajueiro da Praia, vão encontrar uma grande dificuldade na hora de sacar dinheiro ou fazer outras operações financeiras. O motivo é que apenas a cidade parnaibana conta com agências bancárias e os estabelecimentos privados, que ofereciam serviços com terminais de autoatendimento, estão solicitando a retirada dos equipamentos, por causas das constantes ações criminosas.
Segundo a assessoria do BB, no início do ano o estado contava com 80 equipamentos, mas o número reduziu pela metade.
Em Luís Correia, há caixas eletrônicos apenas em uma galeria comercial no Centro da cidade, mas apenas de dois bancos. Não há equipamentos do Banco 24 Horas.
Já em Cajueiro da Praia há apenas um posto de atendimento do banco Bradesco, na zona urbana. Na Praia de Barra Grande a opção se restringe aos clientes da Caixa Econômica Federal, com um terminal instalado na praça do vilarejo.
Levantamento do G1
Um levantamento feito pelo G1 mostra que somente neste ano, 20 agências bancárias, 21 agências dos Correios e sete terminais de autoatendimento foram alvos de ações criminosas no Piauí. As quadrilhas têm atuado quase que da mesma forma: usando explosivos e detonando cofres e caixas eletrônicos. Este cenário de insegurança deixa trabalhadores temerosos e na ânsia por investimentos em segurança.
Os roubos têm sido recorrentes na capital e no interior. Geralmente, os bandos que atuam nas pequenas cidades, dirigem-se à delegacia, entram em confronto com os policiais, enquanto outros integrantes roubam as agências usando explosivos.
No Piauí, as investigações seguem com a Polícia Federal e o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), da Polícia Civil. De acordo com o delegado Carlos César Camelo, 60 pessoas já foram presas de 2015 até novembro deste ano. Ele cobra maior rigor do judiciário para manter presos os envolvidos nestes crimes.
Fonte:g1.globo.com/pi/piaui
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