Durante fala com a reportagem, o 'Rei da Liga' negou participação no esquema que roubava contas bancárias e alegou inocência. Questionado sobre envolvimento com os hackers, ele afirmou: "Nenhum envolvimento". Pode filmar, porque eu sou inocente mesmo", disse ao ser perguntado sobre o mandado de prisão: "Só mídia".
A delegada Rejane Borges Piauilino, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), explica como ocorreu a prisão. "Após a Operação Phishing, depois de decretar as prisões temporárias, como algumas pessoas não foram presas e de não terem sido encontradas, a prisão temporária foi convertida em preventiva. Aos poucos nós fomos dando continuidade às investigações, estamos concluindo o inquérito e cumprindo mandados. Nesse caso do Kawill, os policiais da Delegacia de Homicídios localizaram ele, efetuaram a prisão e o trouxeram para cá", afirmou.
Segundo a delegada, Kawill alegou inocência e reafirmou não ter envolvimento com os demais acusados. "Ele alega não ter conhecimento, que não tem conhecimento do esquema, e nem da participação do Antônio nessa prática. Entretanto, nós temos algumas provas e durante o processo ele vai provar a inocência dele ou a participação", acrescentou.
Operação Phishing
A 'Operação Phishers', deflagrada em novembro de 2016, resultou na prisãoda organização criminosa que também atuava na revenda de veículos na capital vindos do Ceará com restrições judiciais, denominados de veículos "picanha".
De acordo com o GREGO, os hackers são acusados de acusados de furtos de cerca de R$ 20 milhões. O secretario Fábio Abreu disse que as operações são uma resposta da polícia para a sociedade e também disse que esses acusados ameaçavam os policiais.
Foram presos Denis Breno Silva Azevedo, Giannyni Rafael Alves Nepomuceno, o "Rafael Olhão", Ana Joaquina Queiroz do Nascimento e Ismael Carlos Vieira da Silva, vulgo Catita. Os líderes seriam Jailton Rubens de Almeida Sousa, vulgo Manin e Kawill Willames Menezes Rodrigues, o "Rei da Liga", que foi prso no final de semana.
Ainda estão foragidos: Romário Lima dos Santos, Antônio de Sousa da Silva, vulgo nego Teixeira ou Neto Bacelar e Dielly Maria Veras Lima.
Integrantes da quadrilha chegavam a gastar R$ 10 mil em apenas uma noite
Segundo a delegada Rejane, integrantes da quadrilha chegavam a gastar R$ 10 mil em apenas uma noite em locais de luxo.
"Apenas em uma noite eles [os acusados] chegaram a gastar dez mil reais", disse ao acrescentar que foram apreendidos diversos cartões de crédito, computadores e três carros como Camaro e Mercedes, apontados como veículos de alta linha, os mais caros do mercado.
Phishing
"Phishing" é uma forma de fraude em que o atacante tenta apreender informações (credenciais de login ou informações de conta) por meio de e-mail ou mensagens instantâneas, bem como outros canais de comunicação. Normalmente, a vítima recebe uma mensagem que parece ter sido enviada por contato ou organização conhecida. Os phishers utilizam redes sociais e outras fontes para reunir informações básicas sobre as vítimas.
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