O ministro Edson Fachin determinou nesta quinta-feira (5) o envio da rescisão da delação premiada da J&F para análise da nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge. O pedido para o envio foi feito pela defesa do empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo empresarial.
Os advogados alegaram que a nova análise é necessária porque houve quebra do acordo por parte do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e que as supostas violações devem ser avaliadas pela nova procuradora.
Ministro Edson Fachin (Foto: Carlos Humberto / SCO STF)
Janot decidiu rescindir o acordo de colaboração premiada com o Joesley e o irmão dele, Wesley Batista, no mês passado, depois que foram descobertas gravações de conversas que não haviam sido entregues pelos empresários aos investigadores.
A defesa tinha prazo de dez dias para se manifestar ao ministro sobre a revisão do acordo. Em vez disso, apresentou o pedido de reanálise, alegando que foi Janot quem descumpriu o acordo. A defesa também pediu mais tempo para oferecer a resposta sobre a homologação da rescisão do acordo de delação premiada, que ainda vai ser decidida por Fachin.
Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge (Foto: Marcos Corrêa/PR)
Segundo a defesa, Janot violou a regra de confidencialidade do acordo porque divulgou informações confidenciais que ainda estão sob sigilo.
Fachin negou estender o prazo para que a defesa se manifestasse e determinou a intimação do Ministério Público, caso a procuradoria queira se manifestar sobre as alegações de Joesley.
Fonte: G1Visitas: 1624490
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