Por recomendações médicas, o presidente Michel Temer cancelou a viagem que faria para quatro países asiáticos. Ele passou o primeiro dia do ano de repouco no Palácio do Jaburu, residência oficial. A suspeita é de infecção urinária, mas, em nota, o Planalto negou a doença do presidente.
Por causa do problema, Temer também não passou o réveillon na base naval da Restinga de Marambaia, no litoral do Rio de Janeiro, com a família, como planejava. No dia 13 de dezembro, o chefe do Executivo fez um procedimento de desobstrução da uretra no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Recebeu alta no dia 15.
Em mais de 45 dias, Temer foi operado três vezes. O peemedebista está sendo medicado desde quinta, 28, com acompanhamento médico. Segundo a agenda oficial de hoje, Temer terá despachos interno às 10h no Planalto.
Apesar do problema de saúde, Temer quer estar com força máxima para que o governo consiga aprovar a reforma da Previdência Social, que está marcada para 19 de fevereiro. Por ser um ano eleitoral, o Planalto terá tarefa difícil em votar a pauta. São necessários 308 no primeiro e no segundo turno na Câmara dos Deputados, além da aprovação de 60% do Senado, também em dois turnos.
Neste recesso, o mercado espera que a equipe política atual tenha o mesmo desempenho que obteve na virada de 2015 para 2016, ainda como oposição. Na época, o grupo de aliados de Temer reverteu a vantagem dos petistas na votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Agora, o Executivo precisa angariar mais apoio para a reforma passar no Congresso.
Segundo cálculos preliminares, seriam necessários cerca de 50 votos a mais para a aprovação do texto. Grande parte do mercado já descarta a aprovação. Além de ser um ano eleitoral, a data não favorece a situação do governo. O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou para o dia 19 de fevereiro, que é uma segunda-feira, dia da semana em que, normalmente, a Casa está vazia.
Além disso, essa será a semana seguinte ao carnaval, dificultando o trabalho dos articuladores do Planalto em fazer o corpo a corpo para buscar apoio dos parlamentares. O Executivo sabe que, quanto mais próximo das Eleições de 2018, que ocorrerão em outubro, mais resistência terá para conseguir votar a reforma. O recesso parlamentar acaba no dia 2 de fevereiro, que é uma sexta-feira.
A seu favor, o Planalto terá que disponibilizar verbas e emendas parlamentares ainda no primeiro semestre do ano, diante das regras eleitorais. Com a medida,o peemedebista poderá acelerar os mimos aos deputados.
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