Haddad diz ter 'certeza' de aliança com Ciro Gomes no 2º turno
O candidato do PT ao Palácio do Planalto, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (27), em visita ao Rio Grande do Sul, que tem "certeza" de que o PT e o PDT, do presidenciável Ciro Gomes, irão apoiar um ao outro em um eventual segundo turno, seja quem passe para a fase final da eleição presidencial.
Questionado sobre declaração de Ciro Gomes de que não gostaria de contar com o PT em seu governo caso vencesse a disputa pelo Planalto, Haddad disse que o comentário do pedetista "não faz sentido" porque os dois são "muito próximos". O petista ainda lembrou que PT e PDT são aliados na gestão do governo do Ceará, base eleitoral dos Ferreira Gomes, a família de Ciro.
"Nós estaremos juntos no segundo turno, eu tenho certeza. Posso te assegurar que a nossa vontade é estar junto", enfatizou Haddad em entrevista coletiva concedida ao chegar em Caxias do Sul para cumprir agendas de campanha.
O presidenciável petista é o segundo colocado nas pesquisas eleitorais, atrás apenas do candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Já Ciro Gomes tem aparecido na terceira posição nos levantamentos eleitorais.
A pesquisa divulgada pelo Ibope nesta quarta-feira (26) apontou que Fernando Haddad tem 21% das intenções de voto. Ciro obteve 12%, e Bolsonaro, 27%.
Na manhã desta quinta, em entrevista a uma rádio de Pernambuco, Ciro Gomes disse que se conseguir passar para o segundo turno, preferia enfrentar Haddad na disputa final da eleição presidencial.
"Claro que eu deveria dizer 'venha quem vier', mas o Brasil precisa se proteger do poço sem fundo do Bolsonaro. Uma disputa entre eu e o Haddad seria uma disputa entre dois democratas, entre duas pessoas respeitáveis, entre duas pessoas que respeitam a democracia. [...] Independentemente de ser mais fácil para mim derrotar o Bolsonaro, eu preferia, para proteger o Brasil, que fosse eu com Haddad", opinou o candidato do PDT.
Em meio à entrevista na serra gaúcha, Haddad também afirmou que, se eleito, pretende usar o poder de compras da máquina federal para estimular a indústria nacional. Segundo ele, se o governo federal priorizar suas compras de indústrias locais, será possível reativar a economia.
Ele lembrou que o polo naval gaúcho, localizado no município de Rio Grande, teve um ápice na gestão Lula com mais de 20 mil postos de trabalho. Atualmente, ressaltou Haddad, os estaleiros do estado estão quase abandonados. O candidato petista disse ainda que, em sua gestão à frente do Ministério da Educação, a pasta comprou mais de 35 mil ônibus escolares, sendo que boa parte foi adquirida da Marcopolo, indústria de Caxias do Sul que é uma das maiores produtoras de carrocerias de ônibus do mundo.
"O que está faltando? Usar o poder de compra do próprio governo federal para alavancar a produção local. Então, nós vamos usar as compras governamentais para fazer novas encomendas para a indústria local. Se não for compra governamental, o Rio Grande do Sul não consegue reativar sua indústria", declarou.
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