As famílias atingidas pelo incêndio de grande proporção que devastou mais de 200 casas no assentamento 8 de Março, do povoado Chapadinha Sul, contam com o apoio de doações para sobreviver sem moradia após o ocorrido. Desde o último domingo (15), quando ficaram desabrigadas, elas receberam muitos alimentos e roupas. Porém, pedem também doações de produtos de higiene pessoal, remédios e material escolar para as crianças estudarem.
"A gente está precisando muito de produtos de higiene, como shampoo, creme, sabonete, creme dental. Além de material escolar, mochila, caderno para nossas crianças estudarem, porque elas perderam tudo, e como são pequenas, choram por ter que ir para a escola sem nada", enfatiza a mãe de duas filhas pequenas, Juscineide Lopes.
Crianças precisam de materiais escolares para ir à aula. (Foto: Moura Alves/O Dia)
Os remédios também estão entre os produtos muito procurados, pois as crianças ainda apresentam tosse, falta de ar e gripe por conta das consequências do incêndio, como fumaça e muita poeira. "Nós nem dormimos direito, temos que ficar atentos às crianças tossindo toda hora", diz a mãe.
Além disso, as vítimas também pedem instrumentos como lanternas, pois à noite o local fica totalmente escuro, visto que não tem energia elétrica. As família também necessitam de materiais de cozinha, como pratos, panelas e outros produtos para fazerem as refeições. Todos os pertences recebidos são compartilhados entre cerca de 350 pessoas que moram no assentamento.
Juscineide Lopes e sua família. (Foto: Moura Alves/O Dia)
Doações
No último sábado, a doadora Natália Borba, que trabalha com o fornecimento de quentinhas, se sensibilizou com a situação e foi ajudar. Ela conta que conhecia o lugar porque fizeram uma festinha social para as crianças da região dois dias antes do incêndio.
"Na terça, trouxemos vários colchões, fogões, rede, roupas e hoje trouxe alimentos. A gente se põe no lugar deles, porque ficar sem casa, sem o seu ponto de apoio é muito difícil. Perder tudo da manhã para a tarde, é uma situação muito complicada para passarmos sozinhos. Cabe a nós humanos, como irmãos, ajudarmos uns aos outros", afirma.
As famílias comemoram e agradecem todas as doações que estão recebendo nos últimos dias, e orientam que os produtos e alimentos sejam entregues nas próprias casas, não apenas nos barracões, pois algumas famílias ficam sem acesso às doações.
Famílias agradecem as doações. (Foto: Moura Alves/O Dia)
Edição: Nathalia AmaralVisitas: 1621875
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