Em vez de traçar a trajetória a partir do centro de lançamentos de Vostochny, um novo espaço construído em solo russo, os engenheiros da Roscosmos fizeram a espaçonave decolar com as coordenadas de outro lugar, o centro de Baikonur, no Cazaquistão.
Dimitry Rogozin, o primeiro ministro, revelou a mais recente falha humana a um canal de notícias na TV estatal Rossiya 24. "O foguete estava realmente programado como se estivesse decolando a partir de Baikonur. Eles não acertaram as coordenadas" explicou Rogozin.
O governo russo aluga o centro de lançamentos localizado no país vizinho e administra toda uma cidade construída a seu redor, uma herança da antiga União Soviética. Agora que o país tem seu próprio centro de lançamentos, espera-se que as decolagens a partir de Baikonur fiquem menos frequentes.
Esse, contudo, não é o primeiro erro humano embaraçoso cometido recentemente pela agência russa de explicação espacial. Na inauguração de Vostochny, a Roscosmos enfrentou dificuldades para fazer o primeiro lançamento a partir da nova localidade na presença do presidente Vladimir Putin. O lançamento em questão foi então realizado no dia seguinte.
Prejuízo
Além do satélite de US$ 45 milhões, o foguete Soyuz ainda carregava 18 outros satélites pequenos. Eles eram de missões científicas e comerciais de empresas e organizações da Rússia, Noruega, Suécia, Estados Unidos, Japão, Canadá e Alemanha, de acordo com a Reuters.
Em 2015, um satélite mexicano que estava sendo levado para órbita pela Roscosmos foi destruído pela explosão do foguete que o carregava poucos minutos após a decolagem. Em 2016, um satélite Japonês de US$ 273 milhões, também transportado pela Roscosmos, foi declarado perdido depois de sair de órbita. Nesses e em outros casos, os acidentes foram causados por erro humano.
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