O parto foi realizada em uma calçada pelo seu marido José Wellington de Sousa que disse ter ligado para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) às 1h40 da madrugada mas, teria sido informado que não havia ambulância disponível para atendimento naquele momento devido está atendendo uma ocorrência.
José Wellington disse que decidiu levar sua esposa para o Hospital Regional Justino Luz (HRJL), mas a bolsa rompeu quando estava se deslocando e o bebê nasceu antes de chegarem à unidade de saúde.
Para fazer o parto, o homem disse ter colocado sua camisa para que a mulher deitasse em cima e contou que logo após a criança nascer procurou ajuda para levá-la ao hospital.
Uma viatura da Polícia Militar que passava pelo local foi quem conduziu o casal e o bebê para o hospital. José Wellington informou que a ambulância do SAMU só apareceu quando a mãe e o filho já haviam sido atendidos na aréa pediátria do Hospital Regional Justino Luz.
O pai do recém-nascido disse está revoltado e que não quer que outras pessoas passem pela mesma situação. "Quando eu deitei ela na calçada e vi a criança nascendo eu pensei, nem vai escapar nem minha mulher nem a criança. O sentimento, como ser humano, é de desprezo e descaso", desabafou.
José Wellington classifcou ainda como absurdo o fato do SAMU ter apenas uma ambulância disponível e falou do sufoco que passou. "Só eu sei o que eu passei, fazendo o parto da minha mulher em cima de uma calçada no meio da rua", lamentou ressaltando o seu desespero já que sua esposa, no nascimento do último filho, teve uma hemorragia e ele ficou com medo de que o mesmo pudesse acontecer no momento.
OUTRO LADO
Ao ser procurado, o Diretor Administrativo da Secretaria Municipal de Saúde, Bruno Alves Luz, informou que uma ambulância está quebrada e a outra estava realizando atendimento no momento do acontecimento. Ele disse que o SAMU estava atendendo normalmente no final do ano e que não houve recesso para eles.
"Quando nós fomos entrar no recesso, nós fizemos uma escala dos profissionais para que o serviço não parasse. O SAMU é um dos serviços que não se admite que pare. E nós entramos com as duas ambulâncias funcionando, ocorre que nesse período de tempo, uma das ambulâncias, teve problema e teve que ir para a oficina, mas uma ficou em funcionamento, então essa que estava na oficina, eu já tenho informações hoje do setor de transportes que ela já está saindo da oficina hoje e já vai voltar a funcionar", garantiu Bruno Alves.
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