NASA lançará nesta segunda-feira (16) o Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), satélite que tem como objetivo buscar planetas em outro sistemas além do nosso. O lançamento ocorrerá a partir das 19h30 (horário de Brasília)no Cabo Canaveral, na Flórida. A agência espacial norte-americana transmitirá o evento ao vivo nas redes sociais.
"Nós esperamos que o TESS descubra uma série de planetas cuja composição atmosférica, que armazena pistas potenciais para a presença de vida, possa ser precisamente mensurada por futuros observadores", afirma George Ricker, líder do projeto e pesquisador do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
O satélite é equipado com quatro câmeras que cobrem 85% do céu, que foi dividido em 26 setores que podem ser observados individualmente pelos pesquisadores. O primeiro ano da missão deve mapear os 13 setores do céu ao sul e o segundo ano, os outros 13 ao norte. Durante 13,7 dias, o TESS deverá ficar orbitando ao redor da Terra. Até o 60º dia após o lançamento, os equipamentos da nave serão testados e, só então, ela iniciará sua missão inicial de dois anos.
Os últimos ajustes antes de TESS ser colocada dentro do foguete Falcon9 da Spacex. Foto: Reprodução/Nasa
A missão
Para encontrar exoplanetas habitáveis, o satélite permanecerá à procura de trânsitos astronômicos, que ocorrem quando um planeta passa em frente de uma estrela. A observação desse fenômeno facilita a descoberta de exoplanetas por satélites como o TESS. A sonda Kepler, que terá sua missão encerrada em alguns meses por falta de combustível, descobriu mais de 2.600 exoplanetas usando essa técnica, por exemplo.
"Com a sonda Kepler, nós aprendemos que há mais planetas do que estrelas no nosso céu, e agora TESS abrirá nosso olhos para a variedade de planetas ao redor das estrelas mais próximas", explica Paul Hertz, diretor do setor de astrofísica da agência espacial americana.
O novo satélite se concentrará em observar estrelas que estejam a menos de 300 anos-luz de distância e que sejam de 30 a 100 vezes mais brilhantes do que os alvos da Kepler. É por meio do estudo da variação do brilho desses astros que os cientistas poderão determinar a massa, densidade e composição atmosférica dos exoplanetas.
"Nós seremos capazes de estudar planetas individualmente e começar a falar sobre diferenças entre eles. As descobertas do satélite TESS serão assuntos fantásticos para pesquisas das próximas décadas", afirma Stephen Rinehart, cientista que supervisiona o projeto. "É o início de uma nova era para a pesquisa de exoplanetas."
Caso o satélite encontre um exoplaneta com atmosfera rica em água e outras moléculas chaves, essa será uma pista de que o objeto pode abrigar vida. "Eu não acho que nós sabemos de tudo o que TESS pode realizar", diz Rinehart. "Para mim, a parte mais empolgante de qualquer missão é a do o resultado inesperado, aquele que ninguém havia previsto."
Fonte: Revista Galileu e Portal o DiaVisitas: 1621465
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