Vizinhos e pais tentam retomar a rotina nesta segunda-feira (14), dois dias depois de uma policial militar de folga, que ia ver a festa de Dia das Mães da filha, matar um assaltante na frente de uma escola particular de Suzano.
Conceição Castro dos Santos estava em casa e ouviu toda a movimentação. "No momento eu achei que era uma bomba ou fogos. Achei estranho e vi que eram tiros. Em seguida, ouvi as crianças gritando e chorando. Foi uma gritaria e eu sai para ver."
Elivelton Neves Moreira foi morto depois de, armado, abordar mães na frente da escola. Segundo a PM, a policial Kátia da Silva Sastre viu a movimentação e ouviu uma mãe dizendo que era assalto.
Homem que sacou arma em frente a escola foi baleado por mãe que é PM e estava de folga, em Suzano (Foto: Alexandre Mauro/G1)
Neste momento, ela foi se aproximando, sacou a arma e disparou três vezes contra o suspeito, que morreu no hospital. A câmera de monitoramento da escola registrou a ação.
PM de folga mata ladrão armado diante de escola, em São Paulo. (Foto: Reprodução)
Segundo a polícia, o homem de 20 anos tinha passagens por roubo, receptação, formação de quadrilha e ocultação de cadáver.
Policial que matou ladrão em Suzano é homenageada (Foto: Giba Bergamim/TV Globo)
Por causa da ação, a policial foi homenageada pela corporação e o governador Márcio França (PSB) participou da cerimônia, entregando flores para a cabo da PM. "Eu pensei apenas em defender as mães, as crianças, a minha própria vida e a da minha filha. Deu tudo certo", afirma.
De volta à rotina
Na manhã desta segunda-feira (14) os pais, ainda abalados, levaram os filhos para a escola. "A gente sabe que acontece, mas quando é próximo da gente, realmente a gente fica muito mais preocupado e tenta ficar mais atento em tudo que acontece. A atenção está mais redobrada hoje", conta Fábio Felippelli.
De acordo com a moradora Conceição, este não foi o primeiro caso de assalto no bairro. Ela reclama da falta de segurança.
"Você não vê viatura e policiais aqui. Quando acontece alguma coisa, dificilmente vem uma viatura e eles só perguntam se tem vítima. A gente sai na rua já olhando para os lados. Uma faxineira, inclusive, estava lavando a calçada e levaram a aliança dela. De um vizinho já levaram a aliança e a minha casa também já foi assaltada. Eu não estava aqui, mas limparam tudo."
Euza de Alcântara também reclama da segurança. "Eu passo aqui tremendo porque não tem segurança nenhuma."
Para o pai, o preparo da policial fez toda a diferença. "Ela estava no momento certo, na hora certa e super preparada."
O G1 pediu um posicionamento para a Polícia Militar sobre o policiamento no bairro e aguarda retorno.
Fonte: G1Visitas: 1621982
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