É difícil realizar um casamento de baixo custo - muito menos um casamento real. Em meio à expectativa sobre o casamento do príncipe Harry, sexto na linha de sucessão ao trono britânico, com a atriz americana Meghan Markle, o custo do evento é um dos principais objetos de especulação.
Harry, 33, e Meghan, 36, que namoram há um ano e meio, vão se casar neste sábado na capela de São Jorge, nas dependências do castelo de Windsor, a 40 km de Londres. A cerimônia será restrita a 600 convidados - entre eles, monarcas de outros países europeus. Dali, partirão para uma festa restrita a 250 amigos e familiares.
Qualquer um que já tenha organizado um casamento sabe o grande número de detalhes - e custos - envolvidos, do bolo à decoração do salão, da comida ao DJ. Acrescente a isso convidados VIPs, segurança e toda a pompa necessária em uma união como a de Harry e Meghan e a conta pode chegar a muitos milhões.
Tradicionalmente, o custo total dos casamentos reais não é divulgado ao público. Contatado pela BBC, o Ministério do Interior britânico informou que revelar essa despesa poderia comprometer a segurança nacional.
Mas a imprensa britânica vem circulando a estimativa de 32 milhões de libras (cerca de R$ 160 milhões), calculada pela plataforma virtual de organização de casamentos Bridebook, com base no preço das flores, comida, entretenimento ─ e do vestido da noiva.
A maior despesa, contudo, seria com a segurança do evento (30 milhões de libras, segundo a Bridebook), a ser paga pelo contribuinte britânico. Haverá desde snipers até policiais à paisana, passando por um sistema antidrones. Uma das preocupações é com a ameaça de terrorismo - maior do que no casamento de William com Kate Middleton.
Já o vestido, segredo guardado a sete chaves, custaria em torno de 300 mil libras e seria pago por Meghan, segundo a empresa.
A BBC contatou o dono da Bridebook, Hamish Shepard, e perguntou que metodologia foi usada para chegar à estimativa de 32 milhões de libras.
Ele disse que o orçamento foi baseado na suposição de que a família real pagaria por todos os custos a preços de mercado.
Mas, na falta de dados públicos, a estimativa não passa de uma adivinhação, embora embasada.
Por exemplo, não se sabe se os fornecedores poderiam oferecer descontos pelo privilégio de fornecer seus serviços para o casamento real, adicionando prestígio a suas marcas.
Mas, se a cifra estiver correta, seria um dos dez casamentos reais mais caros da história, praticamente igualando-se ao do irmão mais velho de Harry, William, que se casou com Kate Middleton na famosa Abadia de Westminster, em abril de 2011. As festividades custaram, à época, 34 milhões de libras.
Mesmo somados, os valores ainda ficam aquém dos do casamento dos pais dos atuais príncipes. As bodas de Diana e Charles, na Catedral de São Paulo em 1981, custaram cerca de US$ 48 milhões, em valores da época, cerca de 80 milhões de libras em valores atuais, corrigidos pela inflação.
Quem vai pagar a conta?
Reza a tradição que o pai da noiva pague pelo casamento, mas o Palácio de Kensington, onde Harry vive atualmente e viverá com a futura mulher, divulgou um comunicado informando que bancará os custos do evento.
"Como ocorreu no casamento do Duque e a Duquesa de Cambridge (William e Kate), a Família Real vai pagar pelos aspectos centrais do casamento, como a cerimônia religiosa, a música associada, as flores, decorações e a posterior recepção", informou o comunicado.
Ainda assim, o custo da segurança para o casamento, realizado pela polícia local, vai ser bancado pelo contribuinte britânico.
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