Caminhoneiros de todo o Brasil iniciaram uma paralisação nesta segunda-feira (21) devido o aumento no preço do óleo diesel. Em Teresina, a principal afetada será a Central de Abastecimento do Piauí (Ceapi), que recebe caminhões abastecidos de todas as regiões do país. A adesão à greve no Piauí começou para alguns caminhoneiros ainda na última sexta-feira (18). A paralisação vai durar até que a Petrobras reduza o preço do combustível.
Segundo o caminhoneiro Gilberto José dos Santos, natural de Alagoas, que atua na área há 48 anos, não há como continuar trabalhando com as condições que o governo oferece. "Não temos ganho, pois o que seria de lucro é o que gastamos de combustível. Estamos pagando para trabalhar", reclama o caminhoneiro.
O caminhoneiro defende que toda a classe paralise em postos ou em suas casas. "Não sou a favor de interdições de rodovias, pois os veículos de menor porte não podem pagar por um problema que nada tem a ver com eles", explica Gilberto José.
Ele ainda lembra que é o transporte terrestre, os caminhões, que sustentam todo o mercado financeiro do país. "Embora navios e aviões façam o transporte de mercadorias, são os caminhões que finalizam as entregas", lembra o caminhoneiro.
Paulo Sérgio, há 20 anos na estrada, comenta que para ter resultados positivos com a paralisação é necessário que todos os caminhoneiros estejam unidos e parem de rodar. Ele acredita que com a falta de abastecimento de produtos em todo o Brasil, a sociedade iniciará uma pressão contra o presidente Michel Temer. "Apenas por meio de pressão é que o presidente buscará meios para solucionar a nossa reivindicação, ou seja, baixar o preço do óleo diesel", finaliza.
Com a paralisação, os mais afetados são as pessoas que necessitam de todos os setores abastecidos, quer seja alimentício, combustíveis, produtos diversos. Os caminhoneiros com os braços cruzados, gêneros considerados essenciais, como os alimentícios não chegaram nas mesas das pessoas.
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