Terremoto deixou mais 130 mortos e 150 mil desabrigados na Indonésia
Um novo balanço divulgado nesta quarta (8) do terremoto que atingiu a ilha de Lombok, na Indonésia, elevou para 131 o número de mortos e para 156 mil os desabrigados, anunciaram as autoridades.
O terremoto de 6,9 graus de magnitude no domingo (5) provocou cenas de pânico, uma semana depois de um tremor que já tinha deixado 17 mortos nesta ilha muito procurada por turistas.
As equipes de resgate continuam a retirar os escombros e a procurar sobreviventes e o número de vítimas pode aumentar.
Segundo a rede de TV CNN, são mais de 345 mortos, mas a agência nacional de gestão de catástrofes disse que não reconhecia o número e que mantém a contagem oficial de 131.
"Temos 131 mortos, 1.477 pessoas gravemente feridas e 156.000 deslocados", afirmou o porta-voz da agência, Sutopo Purwo Nugroho.
O balanço anterior era de 105 mortos e 236 feridos graves.
As equipes de resgate continuam trabalhando na retirada dos escombros. Dezenas de milhares de casas foram atingidas, segundo as autoridades, que citaram o número reduzido de médicos e a falta de produtos básicos.
Foto: EFE
"Os esforços para retirar as pessoas se intensificaram, mas ainda temos muitos problemas", admitiu Sutopo.
Na província das Pequenas Ilhas da Sonda, onde fica Lombok, os moradores enfrentam a escassez de alimentos, de medicamentos e o número reduzido de profissionais da área de saúde, afirmou o governador Muhamad Zainul Majdi.
"Nossos recursos humanos são limitados. Precisamos de médicos nos abrigos improvisados e outros auxiliares para as ruas", disse à agência AFP.
"A amplitude deste terremoto é enorme para as Ilhas da Sonda. É nossa primeira experiência deste tipo", completou.
Em alguns trechos da ilha, que tem 4.700 km2 de superfície (pouco maior que a região metropolitana de Salvador), alguns vilarejos foram quase totalmente destruídos.
"Alguns vilarejos que visitamos estão quase 100% destruídos, todas as casas desabaram, as ruas têm buracos e as pontes caíram", afirmou o porta-voz da Cruz Vermelha indonésia, Arifin Muhamad Hadi.
As autoridades criaram refúgios improvisados à margem das estradas ou em arrozais. Muitos agricultores, no entanto, não querem abandonar suas casas danificadas ou o gado.
"É uma situação típica das vítimas dos terremotos na Indonésia. Os moradores querem permanecer perto de sua fonte de renda, já que não podem seguir para os abrigos improvisados com o seu gado", explicou Hadi.
Com a ajuda do governo e de ONGs internacionais, as autoridades locais começaram a organizar o envio de ajuda aos afetados, mas as equipes de resgate enfrentam dificuldades para alcançar algumas áreas, depois que as estradas foram parcialmente destruídas pelo terremoto nas zonas norte e leste de Lombok.
Três aviões militares chegaram a Lombok com alimentos, remédios, cobertores, barracas e água.
As autoridades anunciaram o fim da retirada dos turistas que estava nas Ilhas Gili, também afetada pelo terremoto.
Mais de 4.600 turistas foram retirados das três pequenas ilhas paradisíacas, muito procuradas por mergulhadores. Outros deixaram a região por conta própria e reclamaram da falta de coordenação das autoridades e da falta de informações após o tremor.
A Indonésia, um arquipélago de 17.000 ilhas e ilhotas, está localizada no que é conhecido como o "cinturão de fogo" do Pacífico, uma área de forte atividade sísmica. Embora o país registre inúmeros terremotos, a maioria não oferece riscos.
Fonte: Folhapress e Portal o dia