"Eu comecei no Centro Olímpico do Gama, no futebol society. Eu comemorava gols fazendo mortais [cambalhota no ar]. Um técnico viu e me colocou na seletiva de saltos", conta Kawan.

O atleta diz que desenvolveu a habilidade praticando capoeira, quando criança. "Foi bem mais fácil pra mim, me adaptei mais rápido".

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Kawan competiu na plataforma de 10 metros, altura em que foi destaque nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019 (saiba mais abaixo).

Kawan nasceu em Parnaíba, no Piauí, e se mudou com a mãe para o Distrito Federal quando tinha seis anos de idade.

"A gente não tinha muito dinheiro. No começo, eu não tinha nem mochila, eu ia de sacola pro treino. Hoje eu consigo comprar minhas coisas e ajudar minha mãe, por conta do esporte", diz o atleta.

Após passar por seletivas, Kawan passou a treinar no Instituto Pro Brasil, que tem como base o Centro de Excelência em Turismo, da Universidade de Brasília (UnB). Atualmente, o jovem recebe auxílio por meio do Bolsa Atleta, benefício estatal a competidores de alto rendimento.

"A partir de 13, 14 anos, eu vi que era aquilo que eu queria mesmo. Então eu segurei com força e garra", conta.

O atleta conseguiu a vaga nas Olimpíadas de Tóquio quando competiu na Copa do Mundo, no Japão, na mesma piscina onde fez a prova, na madrugada desta sexta-feira. Ele terminou em 10º lugar, posição inédita para o Brasil.

Antes da classificação, Kawan já havia se destacado nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019, quando foi bronze no salto de 10 metros em dupla com Isaac Souza, do Rio de Janeiro, outro resultado inédito para o país (na foto acima).

O colega Issac também foi classificado para as Olimpíadas de Tóquio e estrou também nesta madrugada, mas não conseguiu ir para a semifinal. Ambos competiram individualmente.

"O evento em si é muito grande, mas me sinto feliz e vou dar meu máximo para representar", diz Kawan.

FONTE; G1 PIAUI